Numa entrevista em exclusivo ao E-Feito, Pedro Duro, jogador e responsável pelo voleibol universitário masculino da AAUTAD, falou da actual situação do clube e das suas principais dificuldades a nível das captações. Fazer “boa figura” nos campeonatos universitários e nos jogos Galaico-Durienses será o objectivo primordial da AAUTAD Voleibol.
Qual o seu cargo na equipa de Voleibol para além de jogador?
Sou responsável pelo voleibol universitário masculino, e aquilo que faço, é ver os atletas que estão disponíveis para participar nos dois torneios de apuramento para a fase final dos jogos universitários, nesse caso, os jogos da FADU (Federação Académica de Desporto Universitário). Mas no voleibol federado não passo de um mero jogador.
No voleibol federado, a AAUTAD está a competir na segunda divisão, não é assim?
Sim. No ano passado competíamos na terceira divisão e conseguimos subir para a segunda. No entanto, pela experiência que nós tivemos há alguns anos atrás na segunda divisão, se fosse hoje, não poderíamos competir, por uma questão de custos e dos próprios atletas, que nem sempre estão disponíveis para todos os jogos. Para todos os feitos, estamos a disputar a segunda divisão porque, este ano, não havia muitas equipas a participar na terceira divisão. Sendo assim, decidiram juntar a terceira com a segunda divisão, com dois grupos, um da zona norte e outra da zona sul.
Qual a situação da AAUTAD Voleibol na tabela classificativa?
Começamos com algumas derrotas. Este ano, a equipa está a atravessar graves problemas, que têm a ver com a captação de um “passador”, que é tipo um número dez no futebol. No Voleibol, é imperial ter um bom “passador”, e neste momento não o temos, apesar de alguns jogadores cumprirem essa posição. Mas para se ser “passador” é necessário ter uma formação específica, e nenhum de nós tem. Consequentemente, o nosso jogo torna-se mais lento, previsível, e no caso de não termos atacantes acima da média, temos muitas dificuldades em fazer pontos.
Têm sentido dificuldades a nível das captações?
Este ano tivemos alguma afluência de alunos da UTAD a comparecer nas captações. O problema, é que desses jogadores, poucos ou nenhum tem formação de voleibol. Portanto, são atletas que servem para os jogos universitários, mas para os jogos federados não. Tivemos entre 15 a 20 atletas nas captações, e tendo em conta esse número, decidimos proceder a uma selecção criteriosa, mas o interesse desses atletas foi-se esmorecendo. Neste momento, apenas aparecem aos treinos 5 ou 8.
Quantos jogadores estão inscritos na equipa federada de voleibol?
Neste momento, nove atletas. Mas o problema, reside na sua disponibilidade e, uma vez mais, nenhum destes atletas tem formação de “passador”.
E como está a correr a preparação para os torneios da FADU?
Para os jogos da FADU, por norma, levamos atletas universitários, ou seja, estudantes da UTAD que estão neste momento a treinar connosco, mesmo que estejam nos campeonatos federados. Aproveito a ocasião para falar também do voleibol feminino, no qual não sou responsável. O voleibol feminino não tem equipa federada, e neste momento, apenas vão estar concentradas para os campeonatos universitários e nos jogos Galaico-Durienses. Este ano, para a AAUTAD inscrever a uma equipa de râguebi cem por cento masculina, resolveram tornar o voleibol cem por cento feminino. É a primeira vez que isso acontece desde 2006, porque tem sido sempre misto. Como é óbvio, e no ponto de vista de atleta masculino, discordo totalmente. No que diz respeito aos jogos do FADU, a equipa de voleibol feminino tem o objectivo de ficar em 2º lugar. De referir que a carência no voleibol feminino é a mesma do masculino, que é a falta de um “passador”, mesmo assim, têm uma equipa bastante interessante.
E sobre os universitários masculinos?
Como responsável dessa secção, a minha função é construir uma boa equipa, com base dos jogadores que apareceram aos treinos das captações e com alguns dos federados. Temos como principal objectivo ficar nos quatro primeiros nos campeonatos universitários, para depois irmos à fase final dos campeonatos nacionais universitários para fazer uma boa figura.
A equipa de Voleibol federada tem os apoios necessários para competir na segunda divisão?
Em termos de logística, a associação académica tem dado muito apoio. Mas devo realçar que há algumas lacunas a nível financeiro. No ano em que estivemos na segunda divisão, a AUTAD comprometeu-se a assumir responsabilidades, nomeadamente a nível financeiro, que até hoje não estão saldadas. Até então, a época foi paga praticamente do nosso bolso. Mas pelos vistos, a AAUTAD está neste momento a pagar as despesas dessa época. Por causa desse percalço, só nos comprometermos a participar este ano na segunda divisão, se nos dessem garantias de que não voltaria a acontecer o mesmo. Isto é triste, porque somos atletas amadores, não ganhamos nada com isto, e apenas jogamos por amor à camisola.
Por fim, quer acrescentar algo que não foi dito ao longo desta entrevista?
Sim. Dado o problema constante de não conseguirmos pelo menos seis atletas disponíveis em todos os jogos da equipa federada, estamos a colocar a hipótese de na próxima fase não inscrevermos a equipa. Vamos ter uma reunião entre nós, e só no fim é que vamos dizer se vale a pena continuar. Se ninguém da equipa quiser assumir responsabilidades, a AAUTAD Voleibol federado está ameaçado de extinção.
Por: Henrique Daniel Silva
1 comentário:
Hà cada burro.
Duro,além de não jogares nadinha,és burro.
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