Helóisa Conceição, aluna do 3º ano de Eng.ª Mecânica da UTAD, participou em provas de karting e este ano foi a piloto do protótipo desenvolvido pelo Núcleo de Eng.ª Mecânica da UTAD.
Helena Teixeira: Quando começou a tua paixão pelo desporto automóvel?
Helóisa Conceição: Acho que é uma paixão inata. Aos 12 anos tive o meu primeiro kart cadete e comecei a praticar.
H.T. -E quando começaste a competir?
H.C. -Com esse kart ainda fiz algumas provas mas posteriormente, aos 13, tive um outro kart de competição, que ainda possuo actualmente, e ai entrava em provas mais frequentemente.
H.T. -As provas em que participaste eram mistas? Ou há algum tipo de distinção?
H.C. -As provas de karts são sempre mistas. Há divisões sim mas por categorias de karts.
H.T. -Durante quanto tempo competiste?
H.C. -Aproximadamente durante quatro anos, não era pela competição em si era pelo fascínio do desporto.
H.T. -O que te levou a deixar de competir?
H.C. -O desporto automóvel é um desporto muito caro. Não é só dispendioso adquirir o kart mas também a manutenção. Mesmo conseguindo alguns patrocínios as despesas eram muitas: inscrição da prova, pneus, motor, aluguer de pista e ainda alojamento porque as provas nunca duravam só um dia.
H.T. -E a nível de prémios nas competições?
H.C. -Os prémios não eram muito significativos. Por vezes eram pequenas taças ou outras lembranças do mesmo tipo. No entanto, o gosto e a adrenalina pelos motores falavam sempre mais alto.
H.T. -Actualmente, ainda tens o kart. Dás-lhe algum uso?
H.C. -Muito raramente, só em algumas provas de convívio ou então em brincadeiras com amigos.
H.T. -Quando foi a última vez que participaste numa competição?
H.C. -Foi este ano em maio. Não está directamente ligada com karts. Foi uma prova organizada pelo Núcleo de Eng.ª Mecânica da UTAD.
H.T. -Que tipo de prova foi?
H.C. -O NEMEC (Núcleo de Engenharia Mecânica) desenvolveu um protótipo para participar na Marathon Eco Shell na Alemanha e fui eu que pilotei. O objectivo desta prova era percorrer o maior número de quilómetros com 1 litro de combustível. Dai que, a maior parte dos pilotos eram raparigas porque é relevante a estrutura física para a concretização da prova.
H.T. -Há um numero significativo de participantes?
H.C. -Sim. Participaram cerca de 200 equipas vindas de escolas secundárias e universidades de todo o mundo que desenvolveram um protótipo.
H.T. -Essas experiência enriqueceu-te de alguma forma ou serviu só para matar saudades?
H.C. -Para além de matar saudades, voltei a sentir a adrenalina dos motores e das boxes e claro serviu também para trocar conhecimentos com pessoas de diversos países sobretudo à cerca do meu curso.
Por Helena Teixeira
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