Opinião por: Carina Teixeira

O natal é das épocas mais bonitas do ano, sendo uma das celebrações católicas mais importantes, pois é dedicado pelos cristãos a Cristo símbolo do seu nascimento.

No inicio a igreja católica não comemorava esta data, foi apenas a partir do ano 336 d.C. que se começou a celebrar o nascimento do Menino Jesus. O grande responsável por se ter fixado a data, 25 de Dezembro foi o Papa Júlio I, já que se desconhecia a verdadeira data do nascimento de Jesus.



A época Natalícia carrega consigo alguns costumes e tradições, que são usuais em todo o mundo, tais como: troca de presentes, representa a entrega dos presentes pelos reis magos ao menino Jesus; as músicas natalícias que são símbolo do Natal e retratam tradições; a missa do galo, ocasião importante que celebra o nascimento, a refeição de Natal, que pouco varia de casa para casa, tendo usualmente como prato principal o bacalhau e o polvo cozidos na véspera de natal e o peru assado, no dia de Natal.
A árvore de natal, o presépio e o Pai Natal, também são 3 símbolos muito importantes desta época. A árvore de natal surgiu no século XVI e é enfeitada de luzes, símbolo de Cristo, luz do mundo. O presépio surge a partir de 1233 e reconstitui o cenário do nascimento de Jesus. O pai Natal é a figura mítica, do velhinho de barbas brancas, que leva os presentes a todas as crianças do mundo.
Outras tradições são usuais nas aldeias ou vilas de Portugal, nomeadamente na região de Trás-os-Montes e Alto Douro. As pessoas têm o costume de se reunir no centro da aldeia/vila, não só com a sua família mas também os restantes habitantes em frente a uma fogueira, denominada de “fogueira do natal” ou “fogueira do menino”, estas fogueiras são ateadas ao entardecer da véspera de natal, e ardem geralmente até ao dia de Reis no adro das Igrejas, e segundo o povo “para aquecer o menino”. As pessoas em volta da fogueira convivem, cantam, dançam e comem aproveitando o lume do braseiro para assar febras de porco.
Esta tradição remonta aos tempos em que as populações celebravam o solstício de inverno, em finais de Dezembro. Fogueiras eram acesas por todo o lado para comemorar a entrada do frio, pedindo aos deuses que o lume fosse sua companhia no Inverno, que a luz estivesse presente e que a colheita do ano vindouro fosse de feição às suas expectativas. Era a festa da luz, a festa do fogo que acontecia nas zonas do Noroeste Peninsular.
A época natalícia ao longo dos tempos tem sofrido algumas mudanças, diz-se que a tradição já não é o que era, pois já não é dada tanta importância ao espírito natalício; Antigamente era dada mais importância às pequenas coisas, como a refeição, pois muitas famílias passavam necessidade e guardavam o pouco que tinham para que nesta época não faltasse comida na mesa. Outrora sonhava-se com a união familiar, e as crianças eram felizes apenas com este espírito.
Hoje em dia dá-se mais importância ao materialismo (presentes) e menos importância ao afectivo (união familiar). Hoje em dia, a união familiar nesta época natalícia, para as gerações mais novas quase não fazia sentido sem os presentes.
Isto deve-se à evolução dos tempos e das mentalidades. Dado o aumento da actividade económica nesta quadra em que o consumismo é elevado ao extremo, é pois uma das alturas do ano mais importantes para os comerciantes que em tempos de crise tentam suportar perdas de meses anteriores.
Apesar de o Natal hoje em dia ser vivido de forma e mentalidade diferentes continua a ser uma época especial, onde o amor, a paz, a alegria, a solidariedade falam mais alto, é um momento mágico que envolve as famílias num grande espírito de harmonia. E esperamos que assim continue…

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