A greve geral dos trabalhadores, que uniu as duas centrais sindicais, teve uma “adesão bastante positiva” no distrito de Vila Real, segundo António Serafim, coordenador de Vila Real do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Norte.



O protesto levou ao encerramento de escolas em Vidago e Régua, e a paralisação de alguns serviços como o Registo Civil de Vila Real e a Loja do Cidadão de Murça.

Assim, a unidade de saúde de Mesão Frio encerrou e os restantes centros de Boticas, Mondim de Basto e Régua registaram uma adesão na ordem dos 80 por cento. Em Vila Real os centros de saúde também foram afectados. No Hospital da Régua, 90 por cento dos profissionais faltaram, muito acima dos 50 por cento registados em Chaves e Vila Real.

Em relação aos restantes serviços públicos vila-realenses sabe-se que os CTT e a empresa municipal EMAR funcionaram de forma muito limitada. Já o Registo Civil não chegou a abrir portas. A Segurança Social também sofreu as consequências da greve e no Peso da Régua apenas um trabalhador compareceu.

A Caixa Geral de Depósitos, na Avenida Carvalho Araújo, em Vila Real, encerrou, e o Tribunal de Vila Real, sito na mesma avenida, apenas assegurou os serviços mínimos.

No privado, ainda em Vila Real, registou-se, pelo menos, a adesão de cerca de metade dos trabalhadores da Motometer.

Na véspera da greve, José Abraão, dirigente do Sintap/Fesap, estrutura afecta à UGT, tinha expectativas que esta greve geral seria “a maior alguma vez feita em Portugal”. Segundo sindicalista, “as políticas impostas pelo governo devem ser alteradas” e por isso esperava que os serviços públicos aderissem em massa.

Na Escola Secundária Morgado de Mateus era notório o clima de greve, com alguns alunos fora do estabelecimento, sem aulas. O porteiro faltou, mas a escola abriu os portões, para que os professores que não cumpriram greve pudessem leccionar

Na vizinha escola Monsenhor Jerónimo do Amaral foram poucos os docentes e não docentes que fizeram greve. Aqui as aulas começaram as 8h15, como é habitual, sem sobressaltos. Bar escolar e cantina também estiveram abertos e a funcionar normalmente.

Nas restantes escolas do concelho as aulas decorreram com alguma normalidade, tendo-se verificado a adesão à greve de um razoável número de professores e funcionários, como o caso da Escola Diogo Cão.

No Peso da Régua e em Vidago o cenário foi ligeiramente diferente. As escolas secundárias reguenses, incluindo a Profissional do Rodo, verificaram uma forte adesão e a EB 2,3 não abriu portas. O mesmo se passou com estabelecimento de ensino de Vidago. Em Montalegre, a greve geral afectou o dia de aulas em 60 por cento.

Por Filipe Ribeiro

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