Esta é provavelmente a leitura que a generalidade das pessoas faz quando se ouve falar em “Festas dos Estudantes”. Uma formula matemática simples de fazer que se traduz muitas vezes em má compreensão.
Se há álcool nas festas dos estudante? Há. Se há drogas nas festas dos estudantes? Há. Se há excessos nas festas dos estudantes? Há. E depois? Quem é que nunca bebeu um(s) copinho(s) a mais? Quem é que nunca cometeu excessos? É fácil falar, criticar, mas esquecemo-nos muitas vezes que também já fizemos, ou passamos por aquilo.



Mas as festas de estudantes não são só copos. Há boa disposição, alegria, amizade, e muita saudade. Sim saudades. Já alguma vez pararam para pensar que é provavelmente nestes encontros festivos que muitos estudantes se vêm? Que muitos deles se (re)encontram após semanas sem se verem? E aqueles que já partiram para o mundo do trabalho, esse abominável monstro? Já pensaram que eles vêm visitar os que cá ficaram? Aqueles que fizeram, e fazem parte das suas vidas?
Pois é, ainda não pararam para pensar nisso!
É preferível pensar que os estudantes são uns bêbedos e uns drogados que só andam a gastar dinheiro aos pais, e que só querem festa. Mas os estudantes são seres vivos que longe do seu habitat natural se integram noutra cidade, que criam uma nova família onde amizades para a vida se criam.
Pois é, ainda não pararam para pensar nisso!
Mas é esta a realidade por muitos desconhecida, a realidade de milhares de jovens por esse país fora.
Já agora, e como diriam os locutores da RFM, “Vale a pena pensar nisto!”.

Por: Sara Alves

5 comentários:

Pedro Ferrão disse...

http://www.publico.pt/Sociedade/o-alcool-a-droga-mais-perigosa-afecta-500-mil-portugueses_1463878
«em Portugal, onde, para um máximo de "entre 70 a 80 mil toxicodependentes pesados", existem cerca de 500 mil pessoas com síndrome de dependência de álcool»

Unknown disse...

Mas não significa que essas 500 mil pessoas com síndrome de dependência álcool sejam estudantes.

Pedro Ferrão disse...

No inquérito do OEDT – Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência, em 2007, 61% dos jovens europeus de 16 anos consumiram álcool no mês anterior ao inquérito e 82% no ano interior ao inquérito. (pág. 4)
No mesmo inquérito, «em média, 43% dos estudantes participantes no ESPAD referiram situações de consumo esporádico excessivo durante os últimos 30 dias [>5 bebidas numa ocasião]», e «o aumento mais pronunciado entre 2003 e 2007 verifica-se em Portugal, onde a percentagem de estudantes que referem o consumo esporádico excessivo durante os últimos 30 dias aumentou de 25% para 56%». (pág.5)

As páginas referem-se ao documento disponível em:
http://www.idt.pt/PT/Investigacao/Documents/sintese/ESPAD07.pdf

Outras referências sobre o consumo juvenil:
http://www.idt.pt/PT/Investigacao/Documents/monografia/MargaridaMatos_2007.pdf
http://www.idt.pt/PT/Investigacao/Documents/artigo/GasparMatos.pdf
http://www.ipv.pt/millenium/millenium30/14.pdf
http://www.fmh.utl.pt/aventurasocial/pdf/alcool.pdf

Unknown disse...

Sim concordo que o aumento do consumo de alcool entre os jovens tem aumentado e muito nos últimos anos. Mas o que eu quis dizer com este artido de opinião é que as festas dos estudantes, semanas do caloiro, académicas, não são só alcool.

Pedro Ferrão disse...

http://www.publico.pt/Sociedade/um-psiquiatra-uma-mala-e-a-prevencao-do-alcoolismo-entre-os-jovens_1473129

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