Atualmente, são 200 os cursos que não atingem o número mínimo de 20 alunos, colocados até à 3ª fase. Destes, 112 correm o risco de perder o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), já no próximo ano letivo.


Não entram nestes valores, 70 formações que funcionam em regime pós laboral, ou à distância, uma vez que não existem número de alunos mínimo obrigatório.

Os restantes 18 estão autorizados a abrir com menos de 20 vagas este ano, ao abrigo de um regime exepcional previsto na lei. Exemplo são o curso de Dança do Técnico de Lisboa, com zero colocações, ou Tradução de Chinês, no Politécnico de Leiria, com apenas um colocado.

Segundo consta no Diário de Notícias (DN) “os números resultam do cruzamento entre as vagas abertas na 1.ª fase de acesso, em junho, e os lugares que se encontravam efetivamente ocupados na 3.ª fase, cujas candidaturas terminaram no dia 14”.

No final das duas primeiras fases, em que ficam colocados a grande maioria dos estudantes, o ministério na altura revelou que, foram 49 432 os estudantes colocados através do regime geral de acesso ao ensino superior.

Depois da 3ª fase, o DN constatou que o número atingiu quase os 51 mil, no entanto, ficaram por preencher 4887 vagas.

A grande percentagem dos cursos em risco, 90, são lecionados nos Institutos Politécnicos.

Em declarações ao DN, Sobrinho Teixeira, presidente do Conselho Coordenador dos Politécnicos (CCSISP), explicou “não haver motivo para alarme” uma vez que “estes lugares podem ainda ser ocupados por alunos provenientes dos contingentes para maiores de 23 anos ou dos cursos de especialização (CET)”.

Sobrinho Teixeira disse ainda estar convencido que “depois da entrada desses novos públicos, restarão uns 20 cursos nos politécnicos com menos de 20 colocados" em relação aos cursos pós laborais referiu que “não me parece fazer sentido que estas vagas sejam colocadas no concurso nacional. Os trabalhadores acabam por disputar os lugares com públicos mais novos, o que pode ser desencorajador".

Fonte: dn.sapo.pt



Por: Cidália Monteiro